A humanidade tem uma história triste e discriminatória, quando olhamos pelo ângulo da inclusão. Na antiguidade, quem nascia com algum tipo de deficiência era considerado amaldiçoado ou alguém punido, castigado por Deus, por ter cometido algum tipo de pecado. As pessoas portadoras de necessidades especiais eram excluídas do convívio social e familiar, por serem consideradas como amaldiçoadas. Os índios quem nascessem com algum tipo de necessidade especial eram jogados ainda bebê no rio e morto, porque não podiam ter na tribo e nas aldeias alguém portador de necessidade especial, porque este era considerado um maldito pelos deuses.Na época, por causa da discriminação Jesus pregava o evangelho do reino de Deus e a sua maneira de ajudar as pessoas com necessidades especiais era curando todas as doenças e enfermidades por onde passava. (Mt 4.23) Com isto, sua fama aumentava a cada novo dia, e o povo vinha ao seu encontro na esperança de ser curado. (Mt 4.24) E hoje qual seria a melhor maneira de incluir as pessoas portadoras de necessidades especiais?Uma coisa importante a ser observada é que Cristo enfatizou do nosso dever de amar sempre o próximo indistintamente (Mt 5.43-48, Lc 6.32-36). Cristo diz que devemos amar ao próximo como a nós mesmos, pois Deus ama a todos indistintamente e deseja a salvação de todos, por isto ressalta: “sede vós perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celeste” (Mt 5.48).Na parábola do Bom Samaritano, (Lc 10.25-37) traz uma ilustração de como deve ser nossa atitude diante das pessoas com necessidades, e ali podemos interpretar como sendo qualquer tipo de necessidades. Cristo quer ressaltar que o mais importante é o ser humano, e não importando como este esteja. Cristo ressalta que é nosso dever ajudar e incluir a todos indistintamente, pois todos têm direito a viver e ser feliz. Todos são amados por Deus para viver vida plena.O nosso dever não é criar barreiras para as pessoas portadoras de necessidades especiais, mas sim de removê-las, porque perante a sociedade todos temos os mesmos direitos. “Os grupos sociais deveriam estar embebidos da consciência de sua condição de membros de uma grande família, como filhos do mesmo e único Pai celeste, e sentir-se como um corpo em Cristo.” (Joseph Hoffner) Por isto: A inclusão é um compromisso de todos. A inclusão é para todos!Com isto, devemos criar novas formas de alcançar mais pessoas partindo sempre do amor, que inclui que acolhe e que busca a vivência comunitária de solidariedade. Sem nunca deixar ninguém de lado, mas envolvendo a todos, sem preconceito.Mas cabe ressaltar que todos estão de passagem por esta vida, temos a liberdade de gozar nossas opções, sem jamais descriminar o outro. Temos compromisso cristão e social de acolhe e ser acolhido, de respeitar e ser respeitado. A inclusão não é algo novo da sociedade do século XXI, mas já vem desde a antiguidade, porém nunca foi valorizada, somente nesta sociedade atual esta sendo discutida e implantada de verdade de uma forma mais especifica pelas nossas APAES.Em Santa Catarina, a educação especial tem sido prioridade. Tem recebido atenção muito especial pelos nossos governantes, e orientados pela Fundação Catarinense de Educação Especial – FCEE que criou e trabalha a implantação e execução da proposta curricular de Educação Especial e seu cronograma pedagógico, fazendo com que a inclusão aconteça com responsabilidade e sustentabilidade. Valorizamos cada vez mais as pessoas, de uma forma muito especial as portadoras de necessidades especiais, mostrando na prática que a inclusão é uma missão também do poder público.Dizer que as pessoas portadoras de necessidades especiais não querem ser incluídas é uma grande inverdade. É somente serem convidadas, treinadas e preparadas para esta tarefa. Elas querem ter oportunidades de servir, pois condições elas têm, serem valorizados por aqui que são e tem a oferecer. Posso ver que as pessoas portadoras de necessidades especiais não são atrapalho como muitos dizem, mas são pessoas aptas e com dons especiais para o trabalho familiar e social. O que acontece é um preconceito com relação a estas pessoas, e despreza-se todas as habilidades e capacidades nelas existentes.Devemos lembrar, antes de tudo, que as pessoas portadoras de necessidades especiais são uma verdadeira bênção para a nossa sociedade, nos ensinam a sermos mais humanos, solidários, fraternos e espontâneos no desempenho de sua tarefa aqui neste mundo, tanto pela oportunidade de servir como de eles mesmos serem nelas servidores. Por isto, ressalto que a inclusão é MISSÃO DE TODOS!Sebastião Santo Prestes FroesIntegrador de Ed. Especial e Diversidade31ª SDR/ GERED de Itapiranga, SCOutubro/2010
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